Comitiva de deputados brasileiros falam à imprensa internacional sobre a situação do Brasil no Capitólio (EUA)
Em uma coletiva de imprensa realizada nos Estados Unidos nesta terça-feira (12), parlamentares brasileiros, liderados pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo, lançaram um forte apelo internacional contra o que descrevem como “autoritarismo judicial e perseguição política” no Brasil. A delegação, que conta com apoio de membros republicanos do Congresso Americano, busca ampliar a conscientização sobre os desafios enfrentados pela democracia brasileira.
Marcel van Hattem (Novo-RS) explicou o propósito da missão: “Estamos aqui para lutar pela nossa liberdade e chamar a atenção do mundo sobre os severos contratempos que estamos experimentando na democracia brasileira e no estado de direito”.
O congressista americano Chris Smith levantou as principais preocupações apresentadas pelos brasileiros, incluindo censura e perseguição política, que serão objeto de uma audiência na Câmara dos Representantes dos EUA. “A Suprema Corte está censurando o parlamentarismo e o TSE se transformou em um tribunal de combate à desinformação. Sem contar as pessoas que foram presas sem o julgamento adequado no 8 de janeiro, suspendendo pessoas do cargo eletivo e cassando pessoas por opinião diferente”, ressaltou Smith.
A visita, que contou com reuniões com figuras importantes do Partido Republicano, como o deputado Christopher Smith e a deputada María Elvira Salazar, não constitui um encontro oficial entre os governos, mas simboliza uma tentativa de fortalecer laços entre parlamentares conservadores dos dois países.
Eduardo Bolsonaro criticou as ações judiciais contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionando acusações que vão desde “importunar uma baleia” a tentativas de golpe de Estado. “O Brasil não é uma democracia”, afirmou, apontando para uma perseguição sistemática.
Gustavo Gayer (PL-GO) questionou a natureza democrática do Brasil, comparando a situação com a ditadura venezuelana e criticando a atuação da Suprema Corte brasileira. “Nossa Suprema Corte não protege a democracia e nem a Constituição”, disse Gayer, mencionando a detenção de indivíduos por crimes de opinião e a situação do líder da oposição, Carlos Jordy, impedido de viajar devido à cassação de seu passaporte.
A nota da Câmara dos Representantes dos EUA reitera as preocupações sobre violações dos direitos humanos no Brasil, apontando para um ataque à “Democracia, Liberdade e Estado de Direito”. Este apelo internacional coloca em destaque os desafios enfrentados pelos opositores no cenário político brasileiro, enfatizando a necessidade de vigilância e apoio global para a manutenção dos princípios democráticos.