Viúva do ex-presidente do Haiti e outros 50 são acusados em conspiração de assassinato
A Justiça haitiana apontou Martine Moïse, viúva do ex-presidente Jovenel Moïse, como cúmplice no crime que chocou a nação em 2021: o assassinato do próprio marido. Segundo o Miami Herald, o relatório final emitido na segunda-feira, 19, não só implica Martine, mas também lista outras 50 pessoas, incluindo 17 colombianos e figuras de alto escalão como o ex-primeiro-ministro Claude Joseph e Léon Charles, ex-líder da Polícia Nacional, agora na OEA. As acusações vão desde associação criminosa a envolvimento direto no homicídio.
O tribunal haitiano, baseando-se em “acusações concordantes e provas suficientes”, decidiu enviar os acusados para julgamento sem júri, por uma série de crimes graves, incluindo terr0rismo e ass@ssinato. A posição da viúva Moïse se complica com declarações contraditórias que, segundo o juiz, “deixam muito a desejar”. Este caso, que transcende as fronteiras haitianas com confissões de culpa nos Estados Unidos, onde o complô foi arquitetado, continua a revelar camadas de uma conspiração que culminou na trágica noite de 7 de julho de 2021, quando Jovenel Moïse foi brutalmente assassinado em sua casa.