Em uma declaração que provocou fortes reações internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desencadeou uma crise diplomática ao comparar as ações israelenses em Gaza aos horrores do Holocausto. Essa comparação não apenas exacerbou as tensões entre Brasil e Israel, mas também foi condenada por autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que considerou as palavras de Lula como uma desonra à memória dos seis milhões de judeus mortos pelos nazistas, caracterizando a fala de Lula como a de um “antissemita virulento”.
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, comentou sobre a fragilidade das relações bilaterais já tensionadas, enfatizando que, embora os laços políticos sejam significativos, outras áreas como economia, tecnologia e defesa também são afetadas. Zonshine destacou que, apesar das relações não terem sido cortadas, a situação é delicada.
“A relação política é importante, mas não é a única. São vários setores envolvidos: economia, tecnologia, defesa, por exemplo. Não cortamos relações, mas a corda está frágil”, disse o diplomata ao Estadåo.
“Foi uma coisa fora da linha. Meu sentimento se coaduna com o que foi dito pelo primeiro ministro”, afirmou Zonshine.
