Secom e PT defendem declarações de Lula e acusam Israel de fake news
Em resposta às críticas do governo de Israel às declarações controversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou a ofensiva de Israel contra o Hamas com o Holocausto, o chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, e a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, acusaram Israel de propagar “fake news” e reiteraram o posicionamento de Lula.
Pimenta enfatizou o compromisso do Brasil com a paz e a solidariedade entre os povos, destacando a condenação consistente do país aos ataques do Hamas. Ele também declarou preocupação com a situação humanitária em Gaza, citando o alto número de vítimas civis, a falta de acesso a recursos básicos e o apelo por responsabilização diante das perdas.
As declarações de Lula ocorreram durante a Cúpula da União Africana, onde criticou a suspensão de fundos para a UNRWA por nações desenvolvidas, agência que Israel acusa de colaborar com o Hamas. O Hamas, por sua vez, celebrou a eleição de Lula em 2022 e apoiou suas recentes declarações sobre Israel.
Gleisi Hoffmann defendeu que as críticas de Lula não se dirigiam ao povo de Israel, mas sim ao seu governo, acusando-o de promover políticas de extermínio e de contribuir para o isolamento internacional do país. Ela apelou por um diálogo voltado para a paz, respeitando a soberania e a justiça para todos os povos.
As declarações de Lula provocaram forte repúdio de autoridades israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que condenou a comparação com o Holocausto como uma “linha vermelha” ultrapassada, e o chanceler Israel Katz, que declarou Lula “persona non grata” em Israel, exigindo um pedido de desculpas e retratação pelas comparações feitas.