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OAB reage à proibição de Moraes: “Advogados não podem ser proibidos de interagir com seus clientes”


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) apelou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 9, com o objetivo de reestabelecer a comunicação entre os advogados e seus clientes, alvos da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal. A proibição deste contato, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, gerou reações imediatas da OAB.

Beto Simonetti, presidente da OAB, enfatizou a importância da comunicação livre entre advogados e clientes, destacando que a medida não se trata de uma defesa ao ex-presidente Jair Bolsonaro. “Advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes”, afirmou Simonetti, sublinhando a postura técnico-jurídica e apolítica da OAB.

A entidade, através de uma nota, reforçou seu compromisso com as prerrogativas da advocacia e a confiança no sistema eleitoral brasileiro, rejeitando qualquer apoio a críticas infundadas contra o sistema eleitoral. “A OAB não toma lado nas disputas político-partidárias”, reiterou a nota, destacando a importância de atuar em temas relacionados ao dia a dia da advocacia e assegurar as prerrogativas profissionais​​.

Leia a nota completa da OAB sobre petição enviada ao STF
“A OAB apresentou ao STF, na manhã desta sexta-feira, 9, uma solicitação para que seja derrubada a proibição de comunicação entre advogados. Tomamos essa medida porque é necessário assegurar as prerrogativas. Advogados não podem ser proibidos de interagir nem confundidos com seus clientes.

Na mesma petição, reiteramos a confiança da OAB no sistema eleitoral e nas urnas eletrônicas. Relembramos ainda todas as ações concretas tomadas pela Ordem para rechaçar as acusações infundadas feitas contra o sistema eleitoral e para defender a Justiça Eleitoral.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e seus interlocutores nunca procuraram a OAB para pedir apoio a críticas infundadas contra o sistema eleitoral. Caso alguém pedisse apoio da OAB para essa pauta, receberia um não como resposta.

A OAB não toma lado nas disputas político-partidárias e mantém posição técnico-jurídica. A atual gestão da Ordem tem como prioridade atuar em temas do dia a dia da advocacia, como as prerrogativas da profissão. Por não assumir lado na disputa ideológica e partidária, a OAB recebe críticas de setores das diversas linhas ideológicas que tentam obter apoio da entidade para seus diferentes pleitos”.




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