José Guimarães, líder do governo na Câmara dos Deputados pelo PT-CE, anunciou medidas drásticas contra os parlamentares que demonstraram oposição direta ao presidente Lula. Durante um encontro com aliados nesta terça-feira, 27, Guimarães revelou que os deputados que apoiaram o pedido de impeachment contra Lula, em reação às suas declarações polêmicas sobre Israel e o Holocausto, serão excluídos da base governista. A decisão implica uma perda significativa: o acesso a emendas parlamentares e cargos estratégicos. Este posicionamento foi destacado em uma reportagem pela Folha de S. Paulo.
A reunião com líderes dos partidos MDB, União Brasil, PSD, Republicanos e PP deixou bem claro que o apoio ao impeachment, iniciativa liderada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), resultaria em retaliações políticas diretas. A matéria da Folha de S. Paulo aponta que a proposta de Zambelli já reuniu mais de 140 assinaturas, configurando o pedido de impeachment mais robusto desde o processo contra Dilma Rousseff em 2016.
Neste cenário, os opositores buscam pressionar Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, a proceder com o impeachment. Lira, contudo, sinaliza uma tendência a rejeitar a solicitação por considerá-la precipitada. A polêmica central reside nas acusações contra Lula por suas declarações sobre o conflito em Israel, equiparando as ações do país ao genocídio do Holocausto, uma comparação que os parlamentares argumentam constituir um crime de responsabilidade.
