O deputado federal Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, optou por não comentar as recentes declarações de Lula a respeito da operação militar israelense em Gaza, que o presidente comparou ao Holocausto. Em entrevista à rádio Bandnews, Boulos destacou sua posição de não ser um “comentarista das falas do presidente da República” e reforçou seu foco na candidatura municipal, afirmando: “Eu não sou candidato a prefeito de Tel Aviv. Eu sou candidato a prefeito de São Paulo”.
Essa postura de Boulos vem após conselhos de aliados que o aconselharam a se abster de comentar sobre as declarações de Lula, temendo que tais comentários pudessem ser usados contra ele por adversários políticos, em especial o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). A estratégia dos aliados de Boulos sugere que qualquer apoio às declarações de Lula deveria partir de membros do PT, como a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann.
A reação de Israel às declarações de Lula foi imediata, com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarando Lula como “persona non grata” no país e enfatizando que tais declarações não serão esquecidas ou perdoadas por serem consideradas um grave ataque antissemita. Katz expressou sua posição após uma visita ao memorial do Holocausto, onde se encontrou com o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer.