Humberto Gleydson Fontinele Alencar, agora ex-diretor da Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mossoró (RN), foi destituído do cargo pelo recém-empossado ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, após a notória fuga de dois presidiários da instituição, uma situação sem precedentes na história do Sistema Penitenciário Federal. Alencar, que assumiu a liderança do presídio sob a administração de Flávio Dino no Ministério da Justiça, teve sua nomeação oficializada no Diário Oficial da União em 17 de abril de 2023, com a chancela de Ricardo Cappelli, então secretário-executivo do ministério.
A fuga, ocorrida na quinta-feira, 15, catalisou a nomeação de Carlos Luis Vieira Pires como interventor, dando início a um conjunto de estratégias para a recaptura dos fugitivos. Pires, com uma carreira consolidada como policial penal federal desde agosto de 2006, agora encabeça a operação de busca intensiva por Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, conhecido também como “Tatu” ou “Deisinho”. Ambos oriundos do Acre e vinculados ao Comando Vermelho, facção comandada por Fernandinho Beira-Mar, também detido na mesma unidade.
Com a colaboração de forças policiais da Paraíba e do Ceará, a operação de busca se estende pela região de Mossoró e adjacências, mobilizando cerca de 300 agentes na tentativa de localizar Mendonça e Nascimento. As autoridades concentram seus esforços num raio de 15 km ao redor da penitenciária, conforme estimativas divulgadas por Lewandowski.
