Figuras-chave do governo de Jair Bolsonaro (PL) compareceram à Polícia Federal nesta quinta-feira, 22, em Brasília. O ex-ministro da Defesa, General Walter Braga Netto, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, optaram pelo silêncio durante suas oitivas na sede da PF, no âmbito das investigações da Operação Tempus Veritatis. A operação busca elucidar uma suposta tentativa de ‘golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito’ por parte do ex-presidente Bolsonaro e seus aliados.
Segundo a Polícia Federal, Braga Netto é acusado de incitar críticas contra membros das Forças Armadas que não apoiaram as alegadas tentativas de golpe. Mensagens interceptadas revelam que ele supostamente teria ordenado ataques verbais aos então comandantes do Exército e da Aeronáutica, com xingamentos e ofensas à cúpula militar que não concordava com suas convicções.
O ex-presidente Bolsonaro também esteve na sede da PF para prestar esclarecimentos relacionados à mesma operação e também manteve-se em silêncio. A defesa do ex-presidente tentou, sem sucesso, obter do Supremo Tribunal Federal (STF) a liberação de Bolsonaro para não depor, por falta de acesso a parte do material apreendido na operação. Os pedidos foram negados pelo ministro Alexandre de Moraes.
