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Blinken critica Lula em reunião em Brasília sobre comparações com o Hol0caust0


Em tensa reunião em Brasília, o Secretário de Estado americano, Antony Blinken, abordou diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva as polêmicas declarações do líder brasileiro sobre Israel e o Holocausto. O encontro, realizado no Palácio Presidencial, foi marcado por uma discussão franca, conforme afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Miller, em coletiva de imprensa, confirmou que Blinken criticou as comparações feitas por Lula, as quais já haviam gerado uma crise internacional. “O secretário teve a oportunidade de discutir os comentários com o presidente Lula hoje, na sua reunião, (…) e deixou claro, como eu fiz ontem, que são comentários com os quais não concordamos”, esclareceu Miller.

As declarações em questão foram feitas por Lula no domingo, em Adis Abeba, Etiópia, onde comparou a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza a um “genocídio” igual ao realizado por Hitler contra os judeus. A reação de Israel foi imediata, declarando Lula ‘persona non grata’ e convocando o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para uma reprimenda. Este episódio intensificou o impasse diplomático, com o Brasil chamando de volta seu embaixador.

No cenário político internacional, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, utilizou a plataforma X para criticar as declarações de Lula, incluindo a publicação de um vídeo impactante de uma sobrevivente brasileira de um ataque do Hamas.

Além das tensões diplomáticas, a agenda do encontro entre Blinken e Lula foi ampla, abrangendo desde a cúpula do G20 até esforços de paz em Gaza e na Ucrânia. O Brasil, que preside o G20 este ano, viu seus líderes discutindo iniciativas trabalhistas e a transição para uma economia de energia limpa, temas alinhados à agenda comum dos países.

O governo brasileiro tentou mostrar o compromisso de Lula com a paz e o fim dos conflitos na Ucrânia e em Gaza, ressaltando o acordo mútuo sobre a necessidade de estabelecer um Estado palestino.




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