O General Augusto Heleno, que liderou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro, foi intimado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos no âmbito do inquérito que investiga alegações de um esquema de espionagem operado dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A PF busca entender melhor as atividades realizadas durante o período em que Heleno estava no comando do GSI, dada sua proximidade com o ex-presidente Bolsonaro.
O foco das investigações está em um grupo liderado pelo vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, suspeito de espionar ilegalmente mais de 1,8 mil indivíduos. A oitiva de Heleno está programada para a próxima terça-feira (6/2), na sede da PF em Brasília, como parte da Operação Vigilância Aproximada.
Recentes buscas da PF, que incluíram Carlos Bolsonaro como alvo, resultaram na apreensão de uma série de dispositivos eletrônicos e uma arma na residência de um militar associado à Abin, Giancarlo Gomes Rodrigues, que anteriormente serviu como assessor do deputado Alexandre Ramagem durante sua gestão na Abin e tem histórico de atuação em batalhões do Exército no Rio de Janeiro e no GSI durante o governo de Michel Temer. As apreensões foram realizadas em Salvador, Bahia, marcando um desenvolvimento significativo na investigação sobre as operações de espionagem no Brasil.
