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Ronnie Lessa aceita acordo de delação premiada no caso Marielle/Anderson


Ronnie Lessa, ex-policial reformado e principal acusado pelos homicídios de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, segundo o jornal O Globo. A validação desta colaboração aguarda a aprovação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O entendimento sobre a participação de Lessa no crime se tornou ainda mais esperada após a delação do ex-policial militar Élcio Queiroz, que admitiu dirigir o veículo utilizado no ataque e indicou Lessa como o atirador. Conforme relatos de Queiroz, Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, monitorava a vereadora e também estaria envolvido na armadilha, mas foi substituído por Queiroz no último momento.

Segundo a Polícia Federal, a colaboração de Lessa pode ser fundamental para identificar os mandantes do duplo assassinato, que até hoje permanece envolto em mistério. A delação de Élcio Queiroz já trouxe informações cruciais: detalhou a montagem da metralhadora por Lessa no carro, o uso de um silenciador, e a decisão do momento do ataque, quando Lessa teria mencionado a possibilidade de “pegar” as vítimas no local onde foram avistadas.

Detidos em 12 de março de 2019, Lessa e Queiroz compartilham uma história de mais de três décadas de conhecimento mútuo, marcada, segundo Queiroz, por uma “dívida de gratidão” com Lessa. O assassinato de Marielle Franco, vereadora e ativista dos direitos humanos, e de seu motorista, ocorrido na noite de 14 de março de 2018, segue sendo um dos casos mais emblemáticos e trágicos da história recente do Brasil. Desde fevereiro de 2023, a investigação está sob jurisdição federal, reforçando a busca por justiça e verdade.




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