Moro chama acusações de “fantasias confusas de um criminoso condenado”
O senador Sergio Moro (União-PR), através das redes sociais nesta segunda-feira (15), comentou sobre a autorização do STF para abrir um inquérito que investiga possíveis irregularidades em uma delação premiada realizada pela Justiça Federal do Paraná nos anos 2000. Durante esse período, Moro atuava como juiz. O inquérito foi autorizado pelo ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF), após solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Moro, agora investigado, afirmou que ainda não teve acesso ao processo e manifestou sua preocupação com o início das investigações. “Não temo qualquer investigação, pois sempre agi com correção e com base na lei para combater o crime”, declarou Moro em suas redes sociais.
O senador e ex-juiz rebate as acusações, alegando que o inquérito se baseia em “fantasias confusas de um criminoso condenado e sem elementos que as suportem”. Este criminoso é o empresário paranaense Tony Garcia, que na época fez um acordo de delação premiada com Moro e agora acusa o ex-juiz de tê-lo instruído a gravar autoridades com foro privilegiado. Garcia, que foi condenado e preso em 2006 por fraude no Consórcio Nacional Garibaldi, afirma ter sido manipulado por Moro e pelos procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba para espionar e registrar conversas de outros investigados.
Em julho do ano passado, Garcia divulgou em suas redes sociais um áudio que supostamente mostra uma conversa sua com Moro, discutindo a sentença que seria aplicada a ele. As denúncias e depoimentos de Garcia à Polícia Federal fundamentaram o pedido da PGR para a abertura do inquérito. Com a autorização do STF, Moro e os outros envolvidos terão agora a chance de apresentar suas defesas.