Funcionários Públicos enviam ao Governo Lula proposta de aumento salarial
Na manhã desta quarta-feira (10), o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), representando entidades de classe do Poder Executivo federal, apresentou uma contraproposta de reajuste salarial ao governo. Esta ação é uma resposta direta à proposta do governo Lula (PT), que prevê o congelamento dos salários dos servidores federais neste ano, com reajustes programados apenas para 2025 e 2026.
O documento entregue ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) sugere uma recomposição salarial em três etapas: um aumento inicial de 9%, seguido por duas parcelas de 7,5%, a serem aplicados em maio de 2024, 2025 e 2026. Além disso, propõe a equiparação dos auxílios alimentação, saúde e creche aos valores do Legislativo e Judiciário até o final de 2026.
Rudinei Marques, presidente do Fonacate, expressou sua insatisfação com a proposta do governo: “É inaceitável o congelamento salarial neste ano e uma promessa de reajuste para os dois exercícios seguintes. O governo tem condições de recompor os salários já em 2024, e vamos brigar por isso”.
No final de 2023, o governo já havia proposto um reajuste de 9%, dividido em duas parcelas de 4,5%, com pagamentos em maio de 2025 e 2026. Em uma reunião anterior, em 18 de dezembro, o governo havia limitado sua oferta a um aumento nos valores dos auxílios.
Conforme a proposta atual, a partir de maio de 2024, o auxílio-alimentação subiria para R$ 1.000,00, o auxílio-saúde para R$ 215,00, e o auxílio-creche para R$ 484,90, representando um aumento de 51,06%. O ofício ao MGI destaca reajustes de 19,03% já concedidos aos Poderes Legislativo e Judiciário, divididos em três parcelas iguais de 6%, com a segunda e terceira parcelas pagas em fevereiro de 2024 e 2025, respectivamente.
O documento ressalta que a média salarial do Poder Executivo Federal está bem abaixo da praticada pelos outros Poderes.
Agora, a contraproposta está sob análise do secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo, e da ministra da Gestão, Esther Dweck. Até o momento, o governo não definiu um prazo para responder.