Domingos Brazão, delatado por Lessa como mandante da mort3 de Marielle, já fez campanha para Dilma
Nesta terça-feira, 23, uma importante reviravolta ocorreu nas investigações do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ronnie Lessa, ex-PM reformado acusado de executar o crime, delatou à Polícia Federal, apontando Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, como o mandante do atentado.
Esta revelação contradiz as especulações de longa data que supostamente envolviam a família Bolsonaro no caso. Brazão, que fez campanha para a eleição de Dilma Rousseff e é declaradamente apoiador do Partido dos Trabalhadores (PT), surge agora como a figura central no planejamento do crime.
Em 2019, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou Brazão de obstrução de justiça nas investigações do assassinato, afirmando que ele não só desviou o curso das investigações, mas também “arquitetou o homicídio” da vereadora. “E visando manter-se impune, esquematizou a difusão de notícia falsa sobre os responsáveis pelo homicídio”, destacou um trecho do documento mantido em sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No fim de seu mandato na PGR, Raquel Dodge acusou Brazão e seus auxiliares de corromperem a investigação sobre as mortes de Marielle e Anderson. Esta acusação contribuiu para fortalecer a suspeita de que Brazão estivesse ativamente envolvido no crime, trabalhando para desviar as suspeitas de si.
A confirmação de Ronnie Lessa, que até então era um dos principais acusados de realizar o atentado, traz uma nova perspectiva ao caso que atraiu atenção internacional. A delação de Lessa desmantela a teoria de que a família Bolsonaro estaria envolvida, redirecionando o foco para as conexões políticas de Domingos Brazão.