Defesa de Bolsonaro e PF desmentem apreensão de computador da Abin na residência de Carlos
Fábio Wajngarten, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, refutou as notícias veiculadas na manhã desta segunda-feira, 29, pelo G1, sobre uma suposta apreensão de um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pela Polícia Federal (PF) na residência ou gabinete do vereador Carlos Bolsonaro. Wajngarten destacou, inclusive, que a própria PF negou oficialmente tais alegações, contrapondo informações adicionais divulgadas pelo blog de Daniela Lima, conhecida por suas posições esquerdistas.
A operação em questão ocorreu em Mambucaba, Angra dos Reis (RJ), onde a família Bolsonaro possui uma residência. No momento da chegada da PF, a propriedade estava desocupada, pois Bolsonaro e filhos haviam saído em lanchas para uma pescaria desde as 5h da manhã. AEsta ação faz parte da “Operação Vigilância Aproximada”, iniciada na última quinta-feira, 25, voltada para investigar alegações de monitoramento ilegal pela Abin durante o governo Bolsonaro.
Entre os supostamente monitorados ilegalmente, estariam figuras como Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual Ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados. As atividades suspeitas teriam ocorrido sob a administração de Alexandre Ramagem na Abin, que hoje é deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.
Com a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, a PF visa agora desvendar o “núcleo político” por trás das informações ilegalmente obtidas, ressaltando o uso de técnicas investigativas típicas da polícia judiciária, mas sem a devida supervisão judicial ou do Ministério Público.
Este episódio sublinha as complexidades e controvérsias envolvendo operações de inteligência no Brasil, colocando em cheque a relação entre vigilância, política e justiça no país.