Aldo Rebelo se une à gestão de Ricardo Nunes com o apoio de Bolsonaro
A inclusão de Aldo Rebelo (PDT) na equipe do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), nesta quinta-feira (18), é interpretada pelo círculo próximo do prefeito como uma estratégia para equilibrar as críticas recebidas pela busca de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para sua reeleição. Segundo aliados de Nunes, a aliança com Rebelo enfatiza a diversidade democrática de suas coligações.
Rebelo, filiado ao PDT e ex-membro do PCdoB por quatro décadas, tem um histórico de atuação em governos do PT, como ministro do Esporte no governo Lula (2011-2014) e da Defesa no governo Dilma Rousseff (2015-2016). “A chegada do Aldo confirma que a frente democrática em defesa da cidade está com o Ricardo Nunes. Enquanto nosso adversário conta com o apoio de três partidos de esquerda e extrema-esquerda, Nunes tem apoio de doze partidos de diferentes tendências”, afirma Baleia Rossi, presidente nacional do MDB e um dos coordenadores da pré-campanha de Nunes, em declaração ao Metrópoles.
Rebelo aceitou o cargo de Secretário de Relações Internacionais, substituindo Marta Suplicy, que deixou o posto para se aliar a Boulos como vice em sua chapa. Suplicy justificou sua decisão como um movimento contra o avanço do bolsonarismo em São Paulo, argumentando que sua trajetória política não se alinha com Bolsonaro.
Contudo, Nunes contesta a justificativa de Suplicy, ressaltando que ela foi parte do conselho político durante 2023 e esteve ciente das manobras para aproximar o prefeito do ex-presidente.