O Ministério Público Eleitoral do estado (MPE-PR) emitiu um parecer favorável à ação eleitoral conjunta apresentada pelos partidos PL e PT, que pede a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), está baseada na acusação de abuso de poder econômico durante a pré-campanha para as eleições gerais de 2022. O parecer, subscrito pelos procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, foi direcionado ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
O juiz Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo, deve pronunciar seu voto em janeiro, com possibilidade de julgamento no plenário do TRE-PR até o fim do mês. A ação, originada em duas petições separadas do PL e da federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB), que argumentam que Moro utilizou sua exposição e recursos excessivos em sua pré-campanha presidencial, buscando vantagem ilegal em sua campanha ao Senado, após desistir da corrida presidencial e mudar do Podemos para o União Brasil. A denúncia também aponta suposta corrupção na contratação do escritório do advogado Luís Felipe Cunha, eleito primeiro suplente de Moro em 2022.
Os procuradores do MPE-PR apontam que a integridade e a legitimidade das eleições foram afetadas pelo uso excessivo de recursos financeiros no período pré-campanha. O MPE-PR acolheu os pedidos de cassação e inelegibilidade de Moro e Cunha, divergindo apenas na isenção do segundo suplente, Ricardo Augusto Guerra. PL e PT pleiteiam novas eleições para a vaga de Moro no Senado.
A defesa de Moro sustenta que os gastos pré-eleitorais não impactaram o resultado das eleições de 2022 e classifica a investigação como politicamente motivada.