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PGR apresenta primeira denúncia contra financiador dos atos de 8 de janeiro


Aa Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a primeira acusação formal no inquérito que investiga os financiadores dos eventos ocorridos em 8 de janeiro. O acusado, um homem de Londrina, no Paraná, é suspeito de ter fretado quatro ônibus para Brasília, custando R$ 59,2 mil. A PGR, no entanto, não revelou a identidade, profissão ou idade do indivíduo.

A acusação formalizada pela PGR, que não especificou se o homem está detido, aponta cinco delitos graves: associação criminosa armada; tentativa de abolir violentamente o Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado. Conforme indicado pela PGR, as penas máximas combinadas para esses crimes ultrapassam 30 anos de reclusão.

De acordo com a PGR, a denúncia, elaborada pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, descreve minuciosamente uma série de eventos que se estenderam de outubro de 2022, após as eleições presidenciais, até o dia 8 de janeiro. O acusado teria desempenhado um papel ativo em grupos de mensagens virtuais que organizavam manifestações em Brasília, visando desafiar o resultado das eleições de 2022 e destituir o presidente eleito, conforme alegado pela PGR.

A denúncia também ressalta os custos significativos dos danos causados em 8 de janeiro: prejuízos de R$ 3,5 milhões no Senado, R$ 2,7 milhões na Câmara dos Deputados, R$ 9 milhões no Palácio do Planalto (considerando apenas as obras de arte), e R$ 11,4 milhões no Supremo Tribunal Federal.

Até agora, a PGR já denunciou 1.413 pessoas, incluindo 1.156 incitadores, 248 executores, oito agentes públicos e um financiador. A acusação contra o indivíduo de Londrina foi encaminhada a Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos relativos aos eventos de 8 de janeiro, e deverá ser posteriormente avaliada pelo plenário.




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