O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou uma nova estratégia na luta contra o crime organizado: a implementação de um sistema de recompensas por informações que conduzam à captura de líderes de facções criminosas. Este plano, integrado ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), prevê pagamentos de até R$ 100 mil.
Segundo Dino, inicialmente, governadores terão a prerrogativa de indicar até oito criminosos procurados em seus respectivos estados. A Secretaria Nacional de Justiça, sob a liderança de Tadeu Alencar, determinará o valor da recompensa. “A prisão de um desses chefes de facção pode levar ao arbitramento pelo secretário nacional de segurança pública de recompensa variável entre R$ 30 mil e R$ 100 mil por preso”, enfatizou Dino durante uma cerimônia em Brasília, na qual anunciou também a entrega de 700 viaturas e investimentos para o combate ao crime organizado e investigação de homicídios.
Essa iniciativa busca aumentar a eficiência policial ao incentivar denúncias relevantes. A nova lista de procurados, estabelecida por portaria do ministério, visa a divulgação nacional de indivíduos cuja captura é estratégica no enfrentamento a organizações criminosas.
A lista abrangerá foragidos envolvidos em crimes graves, violentos ou hediondos. O valor da recompensa será definido considerando a gravidade do crime, a eficácia da informação para a prisão do procurado e o risco ao informante.
Além disso, se as informações resultarem na recuperação de bens obtidos ilegalmente, o informante poderá receber até 5% do valor recuperado.
O anúncio de Dino ocorre em um momento marcante, pois o ministro se prepara para deixar o cargo em janeiro, aguardando sua posse no Supremo Tribunal Federal (STF) em 22 de fevereiro.
