Até a última quarta-feira (13), a Controladoria-Geral da União (CGU) registrou 1.412 denúncias, reclamações e comunicações de corrupção no Governo Lula, o que representa aproximadamente quatro casos por dia em 2023. Este número é 31,7% maior em comparação a 2022.
O Ministério da Saúde, liderado por Nísia Trindade, foi o órgão com mais registros de corrupção em 2023, com 140 manifestações, mantendo a liderança de 2022. Seguem a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, na lista de órgãos com mais denúncias.
Um ponto de destaque é que 2020, o primeiro ano da pandemia de Covid-19, teve o maior número de denúncias de corrupção no governo federal. Naquele ano, a própria CGU liderou em número de denúncias, seguida pelo Ministério da Justiça e o Banco Central, com o Ministério da Saúde em quarto lugar.
Em 2021, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado investigou não apenas as ações do governo na pandemia, mas também suspeitas de corrupção.
Na última semana, a CGU e a Polícia Federal (PF) anunciaram a criação de um grupo especial para combater a corrupção e desvios de recursos no governo federal. O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, e o diretor-geral da PF, Andrei Passos, formalizaram a criação do Grupo Integrado CGU-PF de Enfrentamento aos Crimes de Corrupção e Desvio de Recursos Públicos. Vinícius destacou o aumento na capacidade de detecção de corrupção graças a ações coordenadas, enquanto Passos enfatizou a ampliação dos resultados por meio de grupos nas unidades centrais e regionais da PF e CGU. “A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União têm longo histórico de trabalhos em conjunto, com excelentes resultados”, ressaltou Passos.