Celso Amorim, ex-chanceler e atual assessor especial de Lula para assuntos internacionais, durante entrevista ao colunista Jamil Chade, do Uol, declarou apoio à presença do presidente russo Vladimir Putin na próxima cúpula do G20, marcada para novembro de 2024 no Brasil. Amorim argumentou que a ausência da Rússia tornaria o evento incompleto, destacando a importância do país nas discussões sobre reforma da governança global.
A presença de Putin, contudo, é polêmica e perigosa devido a um mandado de prisão emitido em março pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), acusando-o de crimes de guerra, incluindo a “deportação ilegal” e “transferência ilegal” de crianças ucranianas. Amorim desafiou essa condenação, questionando a imparcialidade do TPI, que, segundo ele, exclui as grandes potências e foca apenas nos inimigos do Ocidente. Ele relembrou que o TPI foi estabelecido durante seu período como embaixador na ONU, sendo inicialmente visto como um avanço.
