O advogado Ezequiel de Souza, representante da família de Jéssica Vitória Canedo, anunciou planos para processar a página de fofocas Choquei por difamação, danos morais e divulgação de conteúdo fraudulento. Em entrevista ao jornal O Globo, neste sábado, 30, Souza detalhou a estratégia legal.
O caso emerge após a morte de Jéssica em 22 de dezembro, motivada por notícias falsas divulgadas pelo Choquei, incluindo uma suposta relação amorosa entre ela e o humorista Whindersson Nunes, algo que ambos negaram. Ezequiel Souza afirmou que estão sendo coletadas provas para enquadrar a página no crime de difamação, conforme o artigo 139 do Código Penal, além de evidências de conteúdo falso.
A tragédia, potencializada pelo boato e a falta de retratação por parte do Choquei, pode levar à condenação por danos morais, conforme explicou Souza. Outra grave acusação recai sobre a página, sendo a de indução ao su1cíd1o, segundo o delegado Felipe Monteiro da Polícia Civil de Minas Gerais.
Raphael Sousa, um dos fundadores do Choquei, chegou a ironizar a situação, zombando da extensão do desabafo de Jéssica, mas posteriormente apagou sua mensagem diante da repercussão negativa. Inês Oliveira, mãe de Jéssica, emitiu um comunicado na quarta-feira, enfatizando a busca por justiça pela morte de sua filha.
A família de Jéssica, em nota, destacou que, embora a liberdade de expressão seja um direito constitucional, ela deve ser exercida respeitando a dignidade humana e os demais direitos fundamentais.
Raphael Sousa, dono do Choquei, emitiu um comunicado expressando seu pesar pelo ocorrido, em contraste com uma nota anterior de 23 de dezembro que negava responsabilidade pela morte de Jéssica. Essa nota mais recente não conta com o respaldo de nenhum escritório de advocacia, diferentemente da anterior, assinada pela advogada Adélia Soares, que deixou de representar o Choquei no mesmo dia.
