STF minimiza escândalo sobre Flávio Dino e visita da “Dama do Tráfico” ao ministério da Justiça, diz site
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) minimizaram a polêmica em torno do ministro Flávio Dino relacionada à participação da esposa do líder uma facção criminosa em reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública, classificando-a como “bobagem”. Um membro da Corte esclareceu que Dino afirmou não ter se encontrado com Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas.
A avaliação no STF inclui a possibilidade de Dino estar sendo alvo de “fogo amigo”, considerando sua cotada indicação para uma vaga no Supremo, o que geraria disputas internas no governo. Além disso, a percepção é de que situações semelhantes podem ocorrer com qualquer autoridade, especialmente as de perfil político.
A reunião de Luciane com o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, foi solicitada por Janira Rocha, vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim) do Estado. Após a divulgação dos encontros, Dino agiu rapidamente, editando uma portaria com novas regras para a entrada de visitantes no Palácio da Justiça.
A presença de pessoas ligadas ao crime organizado em entidades focadas na melhoria do sistema carcerário não é vista como algo ilegítimo, e a reação rápida de Dino às revelações foi destacada. Quanto à possível indicação para o STF, apesar de continuar na disputa, a percepção é de que o nome de Dino perdeu força nas últimas semanas. Outros candidatos são considerados à frente na corrida pela vaga, e senadores apresentam resistências antigas em relação ao atual ministro da Justiça.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa pública de Dino, alegando que o ministro é alvo de “absurdos ataques artificialmente plantados”. Lula enfatizou a atuação efetiva da pasta em diversas frentes, suscitando reações e disseminação de “fake news” coordenadas em resposta.