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Secretário de Dino pede desculpas por receber a “Dama do tráfico” esposa do “Tio Patinhas”, líder do Comando Vermelho


O secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, assumiu a responsabilidade pelo encontro com Luciane Barbosa, esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas e líder do Comando Vermelho (CV) no Amazonas. Luciane Barbosa havia participado de reuniões no Palácio da Justiça, em Brasília, em duas ocasiões, e se encontrou com Elias Vaz e o secretário Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco. Clemilson dos Santos Farias encontra-se preso por tráfico de drogas e por liderar a facção carioca no Amazonas. Luciane foi investigada por seu envolvimento com o CV e condenada por lavagem de dinheiro para a organização criminosa.

Elias Vaz, em uma coletiva de imprensa, lamentou o ocorrido e assumiu a falha na verificação das pessoas que recebeu, destacando que será mais cauteloso no futuro. O ministro da Justiça, Flávio Dino, telefonou para Elias Vaz logo cedo para expressar sua insatisfação com a situação, destacando a importância de maior cuidado na recepção de visitantes. Dino e Rafael Velasco se manifestaram sobre o caso por meio de notas e redes sociais, enquanto Elias Vaz foi o único solicitado a prestar esclarecimentos públicos e a emitir um pedido de desculpas.

O Ministério da Justiça planeja emitir uma portaria com novas regras para o acesso de visitantes ao Palácio da Justiça, visando aprimorar a segurança nas reuniões. Atualmente, os secretários possuem autonomia para receber pessoas em reuniões, sem uma verificação de segurança individual para cada convidado.

Elias Vaz explicou que a reunião inicialmente havia sido marcada por Janira Rocha, ex-deputada estadual pelo PSol, com o objetivo de receber mães que buscavam justiça para casos de filhos assassinados. No entanto, Luciane Barbosa se apresentou como representante de uma organização que pleiteava melhorias no sistema prisional amazonense e se uniu ao grupo. Elias Vaz afirmou que não tinha conhecimento das relações de Luciane e que o tema da reunião não estava relacionado ao grupo criminoso.




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