O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou medidas para enfrentar a crise na segurança pública no Rio de Janeiro. Lula informou que assinará um decreto para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) específica, que envolverá militares da Marinha e da Aeronáutica atuando em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo na tentativa de combater o crime organizado.
As áreas afetadas incluem os portos de Itaguaí, Rio de Janeiro e Santos, além dos aeroportos Santos Dumont e Guarulhos. Este anúncio vem nove dias após uma série de ataques de milicianos, que incendiaram mais de 35 ônibus e um trem no Rio de Janeiro em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, um líder de milícia.
Tal ação criminosa causou sérios transtornos à população e é considerada o maior ataque já registrado contra o transporte público do Rio. Em outubro, três médicos foram assassinados na cidade, um dos quais era irmão da deputada federal licenciada Sâmia Bomfim.
No sábado, o Rio de Janeiro sediará a final da Copa Libertadores da América e no dia seguinte acontecerá o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o que amplia a necessidade de medidas efetivas de segurança.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, havia anunciado anteriormente que a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal seriam mobilizadas para reforçar a segurança durante o fim de semana de eventos.
O debate sobre a crise de segurança no Rio incluiu considerações sobre a atuação militar na capital fluminense. O presidente Lula expressou que não deseja uma intervenção direta, como uma GLO, destacando que as Forças Armadas não deveriam ser envolvidas em operações de combate ao crime em favelas.
Ele enfatizou que seu objetivo é evitar o uso das Forças Armadas em áreas urbanas e destacou que as intervenções anteriores não tiveram os resultados esperados.
