Notícias

Janja cobra gabinete próprio no Planalto: “A primeira-dama dos Estados Unidos tem um”


A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, voltou a cobrar um gabinete próprio no Palácio do Planalto, local onde seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realiza suas reuniões com auxiliares. Ela declarou a aspiração em uma entrevista publicada no jornal O Globo no domingo (5), como resposta às críticas de aliados do governo que a acusam de atuar como se tivesse sido eleita.

Janja argumentou que a primeira-dama dos Estados Unidos tem seu próprio gabinete, agenda e protagonismo, e isso não gera questionamentos. Ela ressaltou sua intenção de permanecer envolvida em discussões, buscando informações diretamente e evitando intermediários. Janja declarou: “Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros”.

A influência de Janja sobre Lula tem sido alvo de críticas por parte dos opositores e de preocupação no governo, que até o momento vetou a instalação de um gabinete para ela no Planalto, onde o presidente conduz suas atividades. Críticos alegam que ela excede os limites tradicionais de atuação de uma primeira-dama e tenta influenciar em decisões que caberiam aos políticos eleitos.

A primeira-dama enfatizou que não participa de reuniões de trabalho do presidente e que suas interações com Lula ocorrem em sua residência, no cotidiano, nos fins de semana e em momentos de lazer, e não durante reuniões formais de governo. Ela explicou que, quando se sente incomodada, aborda as questões diretamente com o presidente e que não se limita a discutir assuntos superficiais.

Na entrevista, Janja reconheceu que “há pouquíssimas mulheres” próximas ao presidente, e abordou a demissão de ministras do governo, como a ministra do Turismo Daniela Carneiro e a ministra do Esporte Ana Moser, juntamente com a presidente da Caixa, Rita Serrano, cujas demissões visaram acomodar indicados de partidos do Centrão. Ela revelou que, durante a transição de governo, pediu por uma maior representatividade feminina nos ministérios, o que resultou em um aumento de mulheres em cargos ministeriais. No entanto, ressaltou que houve duas perdas notáveis de mulheres no governo.

A primeira-dama também questionou protocolos de cerimônias no Brasil e no exterior que posicionam as esposas de autoridades atrás de seus maridos, enfatizando que ela sempre prefere ficar ao lado do presidente. Janja contou que fez esse pedido durante um evento em Lisboa, em abril, ao cerimonial do Parlamento português.

Em relação a seu guarda-roupa, Janja frequentemente enfrenta comentários e críticas. Ela explicou que utiliza sua visibilidade para promover estilistas brasileiros, incentivando a discussão sobre moda brasileira em eventos internacionais e divulgando os talentos do país.

Quando se trata de seu cotidiano no governo, Janja compartilhou que continua realizando atividades comuns, como ir ao supermercado e à farmácia. Ela revelou que, antes de Lula ser eleito, ele costumava ajudá-la com tarefas domésticas, como lavar louça, o que talvez não fizesse anteriormente, mas ela nunca perguntou.




Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo