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Inflação chega a 142,7% na Argentina, a mais alta desde 1991


A apenas seis dias do segundo turno nas eleições presidenciais, a Argentina enfrenta uma inflação alarmante, atingindo 142,7% no acumulado dos últimos 12 meses, marcando o nível mais alto em 32 anos.

Os dados referentes à inflação argentina em outubro foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), equivalente ao IBGE local.

O Indec revelou que, no mês passado, a inflação alcançou 8,3%. De janeiro a outubro, a inflação acumulada atingiu 120%.

Os números de outubro de 2023 superam substancialmente o recorde do ano anterior, quando a inflação era de 6,3% em outubro de 2022. Isso coloca a inflação no seu valor mais elevado desde 1991, quando atingiu 144,4% em agosto daquele ano.

No último mês, as maiores altas foram registradas nos seguintes setores:

Comunicação (12%)
Vestuário e calçados (11%)
Eletrodomésticos e manutenção (10,7%)
Bebidas alcoólicas e fumo (9,8%)
Recreação e cultura (9,3%)
Restaurantes e hotéis (8,8%)

Por outro lado, os preços em habitação e serviços (7,8%), alimentação e bebidas não alcoólicas e bens e serviços diversos (ambos 7,7%), transportes (7,1%), educação (6,6%), e saúde (5,1%) ficaram abaixo da média.

Segundo a agência de classificação Moody’s, é previsto que a inflação argentina encerre o ano de 2023 em 200% e suba para 350% em 2024, independentemente do resultado das eleições.

Na última sexta-feira, o Ministério da Economia divulgou seu próprio índice, indicando que, na primeira semana de novembro, a inflação alcançou 2,3%. Na semana anterior, o aumento dos preços havia sido de 2,2%.

A Secretaria de Política Econômica, liderada por Gabriel Rubinstein, vice de Sergio Massa, também informou que a inflação acumulada nas últimas quatro semanas atingiu 9,2%.




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