Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) exige anulação de questões que atacaram o agro no Enem 2023
A prova associou o setor agropecuário a "chuvas de veneno"
Nesta segunda-feira (6), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) questionou a presença de questões de caráter ideológico no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 e solicitou esclarecimentos ao governo Lula a respeito desses questionamentos.
Segundo a FPA, o Ministério da Educação, responsável pelo exame, elaborou questões que não seguem critérios científicos ou acadêmicos, apresentando viés ideológico. Diante disso, a FPA exigiu a anulação das perguntas em questão.
Em uma das questões, a prova associou o setor agropecuário a “chuvas de veneno”, referindo-se a defensivos agrícolas, e sugeriu que o Cerrado estava sendo afetado negativamente pela atividade do agronegócio, implicando em impactos ambientais adversos.
A FPA destacou que o Enem tem o propósito de avaliar o conhecimento dos estudantes e enfatizou que as questões foram mal formuladas, dependendo apenas de posicionamento ideológico para a escolha da resposta. Diante disso, a frente parlamentar demandou a anulação das questões questionáveis.
A FPA apresentou argumentos em favor do agronegócio, como a importância desse setor na garantia da segurança alimentar, bem como a diversidade que abrange, atendendo a pequenos, médios e grandes produtores. A frente reforçou que a promoção de desinformação em um exame aplicado a milhões de estudantes é inaceitável.
A anulação das questões foi apontada como imperativa, em conformidade com a literatura científica sobre a agropecuária no Brasil e no mundo, e em respeito à academia científica brasileira.
A FPA também denunciou a disseminação de desinformação sobre a principal atividade econômica do país, salientando que essa conduta não serve aos interesses dos brasileiros. Vincular crimes à atividade legal foi apontado como uma estratégia retórica para desviar a atenção da ineficiência do Estado brasileiro e a ausência de políticas públicas eficazes.
A frente parlamentar afirmou que não permitirá que a desinformação seja disseminada de maneira criminosa na sociedade, como ocorreu em governos anteriores.