Dino foi quem convenceu Lula a assinar GLO, diz site
Num primeiro momento, o presidente Lula mostrou relutância em assinar um decreto que instauraria a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), receando reforçar o papel dos militares na segurança pública. Ele afirmava categoricamente que não autorizaria a presença de soldados do Exército nas ruas e favelas, temendo que qualquer conflito entre militares e civis pudesse respingar negativamente no governo federal. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles.
No entanto, foi o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que apresentou uma perspectiva que modificou a opinião de Lula em relação à GLO. Dino destacou que essa medida poderia ser aplicada de forma segmentada, sem a necessidade de implementação abrangente em todo o território do estado onde fosse requerida. Essa informação surpreendeu Lula e, ao tomá-la, ele concordou em fortalecer a presença militar em locais estratégicos, como portos, aeroportos e fronteiras, visto que a responsabilidade pela fiscalização dessas áreas já compete à União.
Assim, as Forças Armadas estão atuando nos aeroportos de Guarulhos e do Galeão, além dos portos de Santos e Itaguaí. Os estados do Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também terão suas fronteiras reforçadas pelas Forças Armadas. No total, cerca de 3,7 mil homens das Forças Armadas, incluindo Exército, Marinha e Aeronáutica, serão mobilizados na operação de GLO.