A renomada atriz Lolita Rodrigues faleceu aos 94 anos neste domingo (5) em João Pessoa, Paraíba, deixando fãs e amigos em profundo pesar. O óbito ocorreu às 4h30. A filha da saudosa artista, Silvia Rodrigues, confirmou à CNN Brasil que a causa da morte de sua mãe foi uma pneumonia.
Lolita estava internada em um hospital particular em João Pessoa, Paraíba. Silvia revelou que a cerimônia de despedida, marcada para hoje, será uma cerimônia de cremação intimista, reservada exclusivamente à família, sem a realização de um velório.
A trajetória de Lolita Rodrigues é marcada por um legado notável. Nascida em 10 de março de 1929 como Sylvia Gonçalves Rodrigues Leite, ela começou sua carreira de atriz e cantora aos incríveis 10 anos, trabalhando em radionovelas na Rádio Record de São Paulo. Posteriormente, a talentosa artista passou por emissoras como Bandeirantes, Cultura e Tupi.
O apelido “Lolita” foi uma homenagem de sua mãe a uma prima espanhola. Ela conquistou dois troféus Roquette Pinto de Melhor Cantora e marcou a estreia da TV Tupi em 1950, substituindo Hebe Camargo como apresentadora e entoando o Hino da Televisão Brasileira, criado especialmente para a ocasião.
Em 1951, Lolita se casou com Aírton Rodrigues e deu à luz a sua única filha, Silvia Regina Rodrigues Leite. O casal compartilhou a tela como apresentadores nos programas “Almoçando Com as Estrelas” e “Clube dos Artistas” até 1983, quando Aírton faleceu, tornando Lolita viúva.
O primeiro papel de destaque de Lolita como protagonista foi em 1957, quando interpretou a personagem Esmeralda, uma cigana, na telenovela “O Corcunda de Notre Dame”. Ela era grande amiga de figuras icônicas como Hebe Camargo e Nair Bello, que nos deixaram em 2012 e 2007, respectivamente.
Lolita Rodrigues deixou uma marca indelével na televisão, participando de produções notáveis como a primeira novela diária, “2-5499 Ocupado”, e outras telenovelas como “A Viagem”, “Uga Uga”, “Kubanacan”, “Zorra Total” e “Viver a Vida”, seu último trabalho antes de sua aposentadoria. Sua notável história foi imortalizada na biografia intitulada “De Carne e Osso”, escrita pela jornalista Eliana Castro. A partida de Lolita deixa um vazio irreparável na indústria do entretenimento brasileira.
