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Peritos Federais questionam análise da PF sobre imagens de suposta agressão a Moraes em Roma


A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) apontou preocupação com o resultado preliminar da perícia realizada pela Polícia Federal em relação às imagens do Aeroporto Internacional de Roma, sobre a suposta agressão ao ministro Alexandre de Moraes em julho.

O relatório da investigação, divulgado na quarta-feira (4), sugere que Andreia Munarão, esposa do empresário Roberto Mantovani, teria iniciado a confusão na entrada da sala VIP. Contudo, o relatório de 51 páginas usa termos vagos como “parece” e “aparentemente”. Sem áudio nas gravações, a PF não conseguiu confirmar quem proferiu os insultos que culminaram na alegada agressão. Enquanto o relatório foi revelado ao público, os vídeos permanecem sob sigilo, com apenas alguns frames liberados.

A APCF critica a falta de uma análise pericial adequada das imagens, destacando a necessidade de profissionais especializados em áudio-visual para realizar os exames. A entidade enfatiza a importância da imparcialidade, conforme o Código de Processo Penal, ao dizer: “É preocupante que procedimentos não periciais possam ser recepcionados como se fossem ‘prova pericial’”.

A defesa da família Mantovani questionou o sigilo das imagens, contrapondo-se à divulgação do relatório. O advogado Ralph Tórtima destacou a percepção de que “o sigilo serve aos interesses de apenas uma das partes” e reforçou a confiança da família na Justiça ao final das investigações.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu estender as investigações por mais dois meses. A situação, que se originou em Roma, foi trazida ao Brasil pelo próprio ministro Alexandre de Moraes. Em julho, o ministro da Justiça, Flávio Dino, mencionou possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito, instigando uma investigação profunda da PF sobre o caso.




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