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Governador Tarcísio de Freitas demite policiais civis ligados ao PCC


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas demitiu dois membros da Polícia Civil, Renato Cardoso da Cruz e Wagner da Silva Lima, associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Anteriormente, já havia cassado a aposentadoria de outro oficial por ligação com o tráfico.

Ambos os policiais atuavam na Delegacia do 1º Distrito Policial de Indaiatuba e foram detidos em 2016 em uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo e da Corregedoria da Polícia Civil. As acusações incluíam recebimento de propina, alteração de inquéritos e favorecimento a criminosos ligados ao PCC.

O escândalo se aprofundou com a prisão de Glauco Verdú, chefe de investigações na mesma delegacia, e do escrivão Marcio Matoso. Verdú, por exemplo, teria aceitado um televisor de um advogado em troca de ignorar denúncias contra seu cliente. Em um esquema mais amplo, o grupo recebia R$ 10 mil mensais de um suspeito de tráfico para isentá-lo das investigações.

Ironia à parte, apenas meses antes das prisões, a equipe de policiais havia sido homenageada pela Câmara Municipal de Indaiatuba após uma apreensão de cocaína.

Durante as prisões, foram apreendidos itens como armas, computadores, documentos e R$ 17 mil em espécie. Em 2020, Cardoso e Lima foram condenados a 3 anos de prisão, perda do cargo e multa, enquanto Verdú foi sentenciado a 2 anos, com sua pena convertida em prestação de serviços públicos.




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