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Flávio Dino vai a PF prestar depoimento contra Tarcísio de Freitas


Sob a supervisão do Ministério da Justiça e Segurança Pública comandado por Flávio Dino, a Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação envolvendo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, relacionada a um incidente ocorrido durante a campanha eleitoral do ano passado.

O inquérito que tem Tarcísio como foco foi iniciado pela PF em junho deste ano, após um episódio durante a campanha eleitoral de Tarcísio em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, em que um ato foi interrompido devido a tiroteio.

Embora o inquérito tenha sido aberto em junho, ganhou destaque na imprensa apenas recentemente, conforme relatado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo a publicação, uma ala da PF está investigando se houve suposto crime eleitoral por parte da campanha de Tarcísio, especificamente se a versão de uma tentativa de atentado teria sido divulgada por sua equipe.

Tarcísio divulgou uma nota por meio de sua equipe de comunicação, negando qualquer interferência política eleitoral no incidente e argumentando que não há motivos para a Polícia Federal conduzir investigações.

De acordo com o Estadão, o inquérito aberto em junho gerou divisões entre membros da PF. Há queixas do Palácio dos Bandeirantes sobre uma suposta instrumentalização política da Polícia Federal, particularmente em relação a ações contra opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Embora o inquérito tenha sido iniciado pela PF, que está sob a supervisão do ministro Flávio Dino desde o início deste ano, as informações sobre o ocorrido com Tarcísio e sua equipe durante o ato em Paraisópolis durante a campanha do segundo turno do ano passado continuam presentes no cenário político.

Durante o episódio em Paraisópolis, vídeos divulgados na imprensa mostram jornalistas se protegendo em meio a tiros. À época, sob a gestão de Rodrigo Garcia (PSDB) como secretário de Segurança Pública de São Paulo, João Camilo Pires de Campos relatou que houve desconforto por parte de criminosos da comunidade devido à presença de Tarcísio e policiais militares. Em meio ao tiroteio, um suspeito foi morto por um policial que estava na favela durante a visita de Tarcísio, então candidato a governador.




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