Ex-dono da F1 é condenado há 20 anos de prisão por sonegação fiscal
Bernie Ecclestone, ex-magnata da Fórmula 1, admitiu sonegar um colossal montante de 400 milhões de libras (equivalente a R$ 2,4 bilhões) em uma impressionante reviravolta judicial nesta quinta-feira em Londres, sendo condenado a 17 meses de prisão por fraude fiscal, embora a pena esteja suspensa por dois anos.
Com 92 anos, Ecclestone, ao enfrentar a justiça no Tribunal Real de Southwark, afirmou “eu me declaro culpado”, desvelando uma realidade financeira oculta relacionada a um fundo multimilionário não declarado em Cingapura, contrastando com suas declarações de 2015, quando negou tais alegações perante representantes da Receita e Alfândega de Sua Majestade.
A defesa, ancorada pela advogada Christine Montgomery, atribuiu sua negação anterior a um “lapso impulsivo de julgamento”, ressaltando que o intuito do Sr. Ecclestone nunca foi esquivar-se dos impostos. Montgomery pontuou: “Ele sempre esteve disposto a pagar. Ele está com saúde frágil e o processo está causando imenso estresse para ele e para aqueles que o amam”.
O juiz Simon Bryan concedeu a Ecclestone uma pena suspensa, implicando que a prisão será inevitável somente se um novo delito for cometido nos próximos dois anos. Além disso, foi estipulado um pagamento de 653 milhões de libras (R$ 4 bilhões) ao tesouro britânico, decorrente de um acordo.
Os esforços prévios da defesa para prevenir o julgamento, alegando sérios riscos à saúde do magnata e apresentando um laudo cardiológico que afirmava que Ecclestone “tinha mais chance de morrer do que de não morrer” ao comparecer ao Tribunal, foram rejeitados pelo juiz. A confissão ocorreu antecipadamente ao julgamento, previamente marcado para novembro, desencadeando uma tempestade no cenário financeiro e automobilístico.