O Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Luís Roberto Barroso, decretou o bloqueio de R$ 835 mil do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. A ação surge em meio a investigações sobre possíveis desvios de emendas parlamentares destinadas à Codevasf para obras em Vitorino Freire, Maranhão.
Nesta sexta-feira (1º), a PF lançou a operação Benesse, sob autorização de Barroso, com foco em Luanna Rezende, prefeita de Vitorino Freire e irmã de Juscelino. O ministro Barroso determinou o afastamento de Luanna. A operação investiga se os recursos foram parcialmente usados em uma estrada que conduz à fazenda da família Rezende. Embora Juscelino não tenha sido alvo direto da Benesse, ele está sob investigação.
O bloqueio visa garantir uma possível recuperação de danos caso os alegados desvios se confirmem. A Construservice, empresa ligada ao asfaltamento, celebrou contratos totalizando R$ 15 milhões com a Codevasf para obras em 12 municípios maranhenses de 2019 a 2021, período em que Juscelino era deputado federal.
Os advogados de Juscelino, em nota, reiteraram o compromisso do ministro com o interesse público. Destacaram que “Juscelino Filho não foi alvo de buscas” e que o inquérito “servirá justamente para esclarecer os fatos”. A nota conclui reforçando a legitimidade das emendas parlamentares e a disposição do ministro em prestar esclarecimentos.
