A investigação sobre o ataque de Roberto Jefferson à Polícia Federal em outubro de 2022 revelou detalhes alarmantes. Segundo informações do programa “Fantástico”, da TV Globo, o ex-deputado utilizou granadas com pregos e fuzis de alto calibre, resultando em 42 perfurações em um veículo da PF.
Durante a ação, onde agentes tentavam cumprir um mandado de prisão na residência de Jefferson no Rio de Janeiro, o ex-parlamentar reagiu atirando e lançando granadas contra a equipe.
Os laudos da perícia acessados pela emissora indicam modificações nas granadas: pregos cortados estavam fixados com fita adesiva nos explosivos. Michele Avila dos Santos, perita criminal federal, comentou sobre a letalidade dessas modificações, afirmando que “um prego lançado nessa velocidade pode causar até a morte”.
Dois agentes da PF foram feridos por estilhaços de uma das granadas. Interessantemente, a perícia identificou que duas das granadas vieram da Polícia Militar do Rio. A PM, no entanto, alega não ter sido notificada sobre isso.
Em defesa, Roberto Jefferson alega que agiu em resposta a uma ação que considerou “ilegal e injusta” e justificou a modificação de uma das granadas como uma medida de segurança pessoal.
Abby Ilharco Magalhães, juíza federal, determinou que Jefferson seja julgado em júri popular e permaneça em prisão preventiva. Atualmente, ele está hospitalizado no Rio, por determinação do ministro Alexandre de Moraes do STF, devido ao seu estado de saúde. A tentativa da defesa de converter sua detenção em prisão domiciliar foi rejeitada pela magistrada.
