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Policiais processam TV Globo por uso do termo “chacina” em cobertura midiática de operações


A Federação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais (Fenepe) iniciou ações judiciais contra a TV Globo, Band, TV Cultura e outros, contestando o uso do termo “chacina” em referência às operações policiais Impacto e Escudo. A última teve início em julho, após o incidente no Guarujá em que um soldado da Rota foi assassinado em serviço.

Documentos obtidos pelo site Notícias da TV indicam que a ação foi protocolada no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. No entanto, a solicitação de urgência foi rejeitada pelo juiz Fabio de Souza Pimenta, citando o “direito de livre manifestação de pensamento”. Além disso, a Fenepe quer restringir a mídia de usar os termos “tortura” e “extermínio” ao abordar as operações. Caso descumprida a ordem, a entidade solicitava uma penalidade diária de R$ 10 mil, dirigida a conglomerados de mídia como Globo, Bandeirantes, Cultura de Comunicação e também ao portal UOL.

Os PMs argumentam que a cobertura midiática tem impactado negativamente as famílias dos profissionais e distorcido a percepção pública sobre a instituição. Reiteram seu compromisso com a segurança pública e a luta contra o crime.

Lançada em 28 de julho, em resposta ao assassinato do soldado da Rota, Patrick Bastos Reis, a Operação Escudo resultou em 12 mortes em seus primeiros quatro dias, com relatos de confrontos envolvendo a polícia. Em face a acusações de abusos e condutas impróprias, órgãos de direitos humanos e a Defensoria Pública solicitaram medidas, incluindo a interrupção da operação e a obrigatoriedade de câmeras corporais nos uniformes dos policiais.

Enquanto isso, a Operação Impacto foi retomada nesta quarta-feira (6), focando no combate ao crime organizado na região da Baixada Santista. Após o encerramento da Operação Escudo, os dados da Secretaria de Segurança Pública indicam 28 mortes, 976 prisões e a apreensão de quase uma tonelada de drogas.




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