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Moraes e Pacheco selam acordo estratégico para indicações ao STJ e PGR


O ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, selou uma aliança com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), visando à sucessão da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo interlocutores do governo Lula, Moraes apoia a indicação do magistrado mineiro, Afrânio, e, em contrapartida, Pacheco intensifica seu lobby para a nomeação de Paulo Gonet, vice-procurador-geral eleitoral, para liderar a PGR.

Essa articulação entre Moraes e Pacheco foi tema de um jantar recente no Palácio da Alvorada, reunindo o presidente Lula, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e os dois citados. Ambos os indicados pelo presidente necessitarão passar por uma sabatina no Senado, requerendo a aprovação de ao menos 41 senadores – tornando o apoio de Pacheco não apenas vital, mas também desejável para um processo tranquilo de confirmação.

Com as iminentes mudanças no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o término do mandato de Augusto Aras na PGR, Lula busca equilibrar diferentes facções políticas nas nomeações. No mês passado, Moraes tentou, sem sucesso, indicar um aliado ao STJ. Seu candidato, o desembargador paulista Airton Vieira, não conseguiu o apoio necessário do STJ. Consequentemente, o favoritismo na disputa do STJ recai sobre o desembargador mineiro Afrânio Vilela.

Os outros candidatos ao STJ incluem o desembargador Carlos von Adamek, de São Paulo, e Teodoro Santos, do Ceará. Entretanto, algumas decisões recentes de Santos contra sindicatos de educação podem ser vistas como obstáculos à sua nomeação. Por fim, sua proximidade com o ministro conservador Raul Araújo, que votou contra a condenação de Jair Bolsonaro, pode não ser benéfica para sua candidatura nesta fase.




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