Lula adia viagem de ministros e sinaliza Janja como possível representante em compromissos após cirúrgia
A viagem prevista de uma comitiva governamental ao Rio Grande do Sul, agendada para esta quarta-feira (27), foi postergada por um dia a pedido do presidente Lula (PT). A mudança tem como objetivo permitir que a primeira-dama, Janja da Silva, acompanhe a comitiva na missão de avaliar os danos causados pelo ciclone extratropical.
Essa alteração causou burburinho entre integrantes do governo. Surgem especulações sobre o crescente protagonismo de Janja, especialmente considerando a iminente recuperação de Lula após uma cirurgia no quadril marcada para sexta-feira (29).
No entanto, o presidente contestou esses rumores em sua rede social, Twitter. Ele explicou: “A viagem foi adiada devido a minha reunião com o governador @EduardoLeite_ na quarta-feira, sobre apoio ao estado. Seria inapropriado ter os ministros no RS enquanto o governador estiver em Brasília.”
Lula enfrenta críticas por não ter visitado o RS durante intensas chuvas, optando por participar do G20 na Índia em 7 de setembro. A presença de Janja na comitiva é vista, por alguns, como uma tentativa de resposta política à sua ausência anterior no estado, que lamentavelmente registra 49 mortos e grandes impactos causados pela tempestade.
A programação inicial da viagem envolvia a participação de quatro ministros, representantes de duas pastas e de três bancos estatais. Eles se encontrariam com líderes municipais, o governo estadual, a Defesa Civil, entre outros, para discutir medidas de auxílio aos municípios afetados.
O anúncio dessa viagem havia sido feito com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB). Porém, a decisão tardia de incluir a primeira-dama na comitiva pegou muitos de surpresa.
O papel de Janja no governo tem sido motivo de muitas críticas até mesmo dentro do PT. Sua influência é evidente em diversas áreas, incluindo o Ministério da Cultura. Ela frequentemente participa de reuniões de alto escalão e se destaca em eventos , como o encontro entre Lula e o presidente dos EUA, Joe Biden, em fevereiro.
A participação de Janja nesta comitiva ministerial é vista por muitos como um sinal claro de sua contínua relevância no cenário político.