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Justiça anula decisões de Eduardo Appio na Operação Lava Jato


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu afastar o juiz Eduardo Appio de todos os processos relacionados à Operação Lava Jato, após alegações de parcialidade. A medida segue após o ministro do STF, Dias Toffoli, ter considerado “imprestáveis” as provas obtidas contra a Odebrecht. Com o afastamento, todas as decisões de Appio, ex-titular do juízo-base da operação, são anuladas.

O desembargador Loraci Flores de Lima, ao dar seu voto, destacou que o Ministério Público Federal apresentou “elementos concretos e objetivos que revelam a parcialidade do magistrado para processar e julgar os processos relacionados à Lava-Jato”. Além disso, foi citado um familiar de Appio em uma lista de ‘apelidos’ do sistema Drousys da Odebrecht, o que, para Lima, era um indicativo de que Appio não deveria assumir a vaga de juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ele disse: “Justamente pela sua experiência e antiguidade como magistrado, deveria antever que a condição de juiz, ao presidir todos os feitos relacionados à “Operação Lava-Jato”, poderia representar para o imaginário comum a intenção de alguém que, afinal, teria interesse em desmerecer o trabalho de investigação até então realizado”.

Em um evento paralelo, em maio, foi revelado que Appio teria ameaçado o advogado João Malucelli via telefone, cuja ligação foi divulgada pela Jovem Pan. No áudio, uma voz que seria de Appio, usando o pseudônimo Fernando Pinheiro Gonçalves, questiona Malucelli: “Não tem aprontado nada?”. Importante mencionar que Malucelli está relacionado com a filha do senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato. Devido à gravidade e repercussão do caso, o ministro-corregedor decidiu instaurar uma correição extraordinária da 13ª Vara e na 8a turma do TRF4, mantendo também um procedimento administrativo contra Appio no TRF4.




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