IIPEP usa caso de Sergio Cabral e protocola pedido de remoção de tornozeleira dos manifestantes presos
O IIPEP (Instituto Internacional dos Presos e Exilados Políticos) usou como base um parecer favorável dado pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre a remoção da tornozeleira eletrônica do ex-governador Sergio Cabral, que é réu em 26 processos e foi condenado em 24 deles, com suas penas somadas em mais de 425 anos.
Após solicitação da defesa do ex-governador, o MPF deu parecer favorável a retirada do equipamento de monitoração.
Usando esse mesmo parecer, o Presidente do IIPEP, o jornalista Adalex Góis disse que é um bom momento para a justiça avaliar também a situação das pessoas que foram presas em decorrência das manifestações políticas ocorridas em janeiro. “Essas pessoas que foram presas, na sua maioria, são responsáveis pelo sustento das suas famílias e as tornozeleiras eletrônicas representam hoje o maior obstáculo para conseguirem empregos. E os poucos que tem conseguido arrumar uma forma de ganhar dinheiro, estão aprisionados no limite estabelecido pelo monitoramento eletrônico, ou seja continuam presos. Mudou apenas o fato de que a cadeira é maior e com pessoas circulando por esses monitorados. Esperamos que o MPF e a justiça brasileira tenham o mesmo olhar, o mesmo entendimento e a sensibilidade com essas pessoas – que nem sequer passaram por um processo de julgamento – como tiverem por um ex-governador condenado.”
Essa manifestação partiu do Dr.Luiz Felipe Cunha, diretor do IIPEP que no mês de agosto solicitou a PF a não inclusão ou a retirada do nome do jornalista Oswaldo Eustáquio da Interpol, após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a organização internacional de polícia criminal incluísse o nome do jornalista numa categoria que possibilitasse a emissão do chamado alerta vermelha, dando legalidade a uma possível prisão provisória do jornalista em qualquer parte do mundo.
O IIPEP conversou com o advogado do também jornalista Allan dos Santos, que está em situação semelhante à de Eustáquio. Allan dos Santos vive atualmente nos EUA com sua família, chegada recentemente. Apesar do mesmo pedido ter sido feito pelo ministro Alexandre de Moraes para a inclusão do nome de Allan do Santos nessa mesma difusão, a Interpol parece ter ignorado essa determinação do magistrado.,