Fortes dores alteram rotina de viagens internacionais de Lula
Diante de uma iminente cirurgia no quadril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez alterações em sua agenda internacional. Lula optou por limitar deslocamentos e cumprir compromissos diretamente de seu hotel.
A equipe presidencial, que inclui diplomatas e o cerimonial do Palácio do Planalto, monitorou atentamente os passos do presidente durante viagens. A despeito dos desconfortos, Lula manteve um intenso calendário de visitas ao exterior e só planeja reduzir o ritmo após a cirurgia, marcada para 29 de setembro.
Essa cirurgia visa tratar uma artrose na cabeça do fêmur que causa a Lula fortes dores devido ao atrito direto entre os ossos. Ele receberá uma prótese de silicone no procedimento.
Recentemente, em sua visita a Havana, o presidente discutiu temas como a renegociação da dívida cubana com o Brasil e seguiu para Nova Iorque para a Assembleia Geral da ONU e compromissos com o presidente norte-americano, Joe Biden. Contudo, um encontro previsto com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, foi adiado.
O presidente, após a cirurgia, passará por um período de fisioterapia e espera-se que evite viagens internacionais por cerca de dois meses.
No G-20, em Nova Délhi, a equipe de Lula tomou precauções, contabilizando os 120 passos que ele deu ao lado da primeira-dama, Rosângela da Silva, ao encontrar-se com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Os diplomatas priorizaram a segurança e conforto do presidente, escolhendo acomodações que evitassem subidas de escadas.
Durante uma visita a Angola, a saúde do presidente levou a adaptações em cerimônias. Lula passou boa parte de três cerimônias sentado e, seguindo recomendações de sua equipe, foram feitas alterações no protocolo padrão da cerimônia de assinatura de atos entre ministros para garantir o conforto do presidente.