O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados determinou o arquivamento de processos contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A iniciativa dos processos partiu do PT, após um confronto verbal entre Bolsonaro e o deputado Marcon (PT-RS).
A decisão foi aprovada por ampla maioria: 12 votos a favor do arquivamento contra apenas um voto contrário. O parecer, defendido pelo deputado Josenildo (PDT-AP), baseou-se na defesa de que Eduardo agiu impulsivamente. “Eduardo agiu sob o calor da emoção, pois teve um membro de sua família ofendido por Marcon”, declarou Josenildo, que ainda acrescentou: “Qualquer um de nós pode perder o equilíbrio e ofender alguém, embora nós, parlamentares, devamos ter o respeito pelos nossos eleitores, mantendo sempre o equilíbrio. Concluo meu voto pelo arquivamento do processo.”
O conflito teve início em abril, durante uma reunião da Comissão de Trabalho. Marcon afirmou que a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018 foi encenada. Em resposta, Eduardo Bolsonaro perdeu a calma e revidou com falas ásperas.
A leitura do relatório aconteceu no início de setembro. Entretanto, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) solicitou uma prorrogação, defendendo que Eduardo prestasse esclarecimentos pessoalmente, uma vez que considerou a reação de Bolsonaro “muito violenta”.
