Alta cúpula do PT aponta que Dino “falou demais e não mostrou resultado”, diz Estadão

O presidente Lula está ciente da crescente preocupação em torno da gestão da segurança pública no país, uma questão que, segundo rumores, pode estar ameaçando a posição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, segundo publicação do jornal Estadão. Membros influentes do PT destacam a falta de iniciativas significativas na área nos primeiros nove meses de administração, uma lacuna que tem atiçado as críticas sobre a crescente violência urbana, particularmente na Bahia, um reduto governado pelo PT por mais de uma década.

Um alto integrante do PT apontou total insatisfação com o desempenho de Dino, afirmando categoricamente que ele “falou demais e a respeito de tudo no começo, mas não mostrou resultado”. Eles destacaram que os projetos atuais, como o Programa Nacional de Segurança nas Escolas, não correspondem totalmente às expectativas progressistas e que a ação sobre o Pronasci tem sido “praticamente insignificante”. A preocupação é de que, sem uma estratégia nacional coesa, as críticas ao estado de segurança em lugares como São Paulo podem refletir hipocrisia, dadas as contínuas lutas na Bahia, conforme indicado por uma liderança progressista no Congresso.

Enquanto isso, as discussões intensificam-se sobre o futuro de Dino, com sua nomeação potencial para um cargo no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhando tração. Recentemente, seu nome tem sido ouvido com frequência em círculos influentes como um candidato proeminente para uma posição no STF, uma mudança que, supostamente, recebeu apoio de figuras como os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

No entanto, uma transferência para o STF não seria recebida com entusiasmo universal dentro do PT. Conforme explicado por uma fonte interna, Dino é percebido por alguns como um adversário, especialmente considerando seu impacto anterior no Maranhão. Apesar disso, há uma crescente especulação de que mover Dino para o STF poderia, na verdade, facilitar futuras aspirações eleitorais de outros membros proeminentes do PT, removendo um potencial competidor do cenário político.