Nesta quinta-feira (24), os membros da CPMI dos atos de 8 de janeiro decidiram pela reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, além de aprovarem outros 56 requerimentos. Entre as decisões, destacam-se a convocação de mais militares e a quebra dos sigilos da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto, acusado de estar envolvido em um possível esquema de invasão a urnas eletrônicas.
A votação dos requerimentos, em sua maioria propostos pela base governista, resultou em discussão entre os deputados Laura Carneiro (PSD-RJ) e Marco Feliciano (PL-SP). A polêmica precedeu o depoimento do sargento Luis Marcos dos Reis, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Conforme relatório do Coaf, Reis teria transferido R$ 81 mil para Mauro Cid.
A data para o novo depoimento de Cid, que permaneceu em silêncio na última oitiva na CPMI, ainda será definida. Em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cid reiterou sua intenção de não se pronunciar.
Carla Zambelli e seu irmão, Bruno Zambelli, tiveram seus sigilos telefônico, telemático e relatório de inteligência financeira requisitados. Delgatti, por sua vez, teve os sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático quebrados. Outro nome que ressoa na CPMI é Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro, que teve seus sigilos telefônico e telemático solicitados.
