Impulsionado por uma safra histórica, o faturamento da produção agrícola brasileira alcançou a marca de R$ 1,13 trilhão, uma elevação de 1,9% em relação a 2022. O crescimento foi potencializado pela expansão da área agrícola em 5%, totalizando 78,2 milhões de hectares e um salto de 11,8% na produtividade, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Diversos produtos lideraram este avanço, como soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, além de alimentos como mandioca, laranja e banana. “Estes produtos apresentam preços vantajosos e boa produção”, ressaltou José Gasques, do Ministério da Agricultura, à Jovem Pan News.
Regionalmente, a Região Centro-Oeste encabeçou a lista, com destaque para o Mato Grosso, líder em valor de produção. Entretanto, enquanto a agricultura prosperou, a pecuária enfrentou reveses. Com queda de 2,9% e exportações em declínio, fatores como suspeitas de doença da vaca louca e volatilidade cambial impactaram o setor.
Roberto Rodrigues, da FGV, apontou a seca atual como causa de oferta maior de carne bovina. Contudo, ele também mencionou a queda nos preços dos grãos, favorecendo a redução nos preços de frangos e suínos. Especialistas preveem uma recuperação nos próximos meses.
Atualmente, o agronegócio é responsável por cerca de 20% do PIB brasileiro. Rodrigues sublinha a necessidade de foco em logística, acordos comerciais, tecnologia e sustentabilidade. Alertando para desafios como invasões de terra e desmatamento ilegal, ele enfatiza a urgência de políticas efetivas para garantir a integridade do setor.
