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Proposta de Guarda Nacional, de Flávio Dino, causa preocupação no Exército


O plano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para instaurar uma Guarda Nacional, idealizado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, gera inquietação nas fileiras do Exército Brasileiro.

Anunciada após os incidentes de 8 de janeiro, que culminaram em atos de vandalismo, a Guarda Nacional tem como propósito reunir variadas forças de segurança para a salvaguarda de edificações governamentais. Em essência, isso diminuiria uma das funções centrais do Exército, especialmente na Esplanada dos Ministérios. Vale lembrar que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela proteção do Palácio do Planalto, é majoritariamente composto por militares.

Dino justificou sua proposta, que faz parte do “Pacote da Democracia”, argumentando a necessidade de evitar que divergências políticas ou falhas de comunicação entre entidades federais comprometam a segurança das sedes dos poderes.

Por outro lado, o Exército defende sua atuação em 8 de janeiro, alegando que a escassez de militares no dia foi uma solicitação do GSI, ligado à Presidência. “O GSI de Lula requisitou somente 35 militares no 8 de janeiro”, informou uma fonte militar.

Um general, em entrevista à revista Veja, destacou: “Tento explicar à tropa o cenário atual e a importância de não cometermos falhas. Se errarmos, vão instituir a Guarda Nacional.” Ele acrescentou sobre a responsabilidade dos soldados: “Se houver um erro, vão afirmar que não podemos seguir com a missão”.

Os pormenores da proposta de Dino permanecem confidenciais. O Ministério da Justiça e Segurança Pública ressaltou que a configuração da Guarda está em fase de análise interna e avaliação de viabilidade.




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