Deborah G. Rosenblum, secretária adjunta do Departamento de Defesa dos EUA para programas de Defesa Nuclear, Química e Biológica, alertou sobre uma onda “sem precedentes” de ameaças biológicas complexas enfrentadas pelo país. Durante um evento promovido pelo think tank Center for Strategic and International Studies, Rosenblum destacou que o foco na defesa biológica não se limita mais apenas a unidades especializadas, mas se estende por todo o departamento.
Rosenblum classificou as ameaças em três categorias: pandemias naturais, atores não estatais e competidores “near peer” – uma referência a nações que se aproximam da capacidade dos EUA em âmbitos econômicos, militares e políticos, como é o caso da China.
As ameaças biológicas atuais, segundo a secretária, impactam diretamente a prontidão e a resiliência das forças armadas americanas. “A defesa biológica demanda uma resposta integrada. Todo o contingente militar deve ser preparado e resiliente para enfrentar tais ameaças”, ressaltou Rosenblum.
Recentemente, o Pentágono apresentou a “Biodefense Posture Review”, um conjunto de diretrizes que visa reformular o departamento para melhor combater ameaças biológicas até 2035. As iniciativas incluem aprimoramento na detecção precoce e maior entendimento sobre ameaças emergentes.
Rosenblum pontuou que esta reformulação considera as lições tiradas da resposta à pandemia da Covid-19. “Estamos em um momento decisivo na biodefesa e precisamos nos preparar para enfrentar ameaças biológicas multifacetadas”, finalizou.
