A mais recente edição do Boletim Focus, divulgada pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (21), revela que a expectativa de inflação para 2023, medida pelo IPCA, ultrapassa o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A projeção saltou de 4,84% para 4,9% para este ano, superando o limite superior de 4,75%.
Já para 2024, a inflação projetada é de 3,86%, ligeiramente acima da meta central de 3%, mas ainda dentro da margem de tolerância. O levantamento também destaca que a inflação acumulada em 12 meses atingiu 3,99%, influenciada pelo aumento da gasolina, de acordo com dados do IBGE.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em resposta à queda do IPCA, iniciou um ciclo de redução da taxa Selic, fixada atualmente em 13,25%. O mercado prevê que essa taxa chegará a 11,75% no final de 2023 e a 9% ao final de 2024.
A justificativa para as variações na Selic é clara: ao elevá-la, o Copom visa conter a demanda para controlar os preços, enquanto uma redução tem como objetivo estimular a economia.
Quanto ao PIB, a projeção se mantém em 2,29% para este ano. Nos anos subsequentes, a expectativa é de um crescimento gradual, chegando a 2% em 2026. Em relação à cotação do dólar, espera-se que encerre este ano em R$ 4,95 e suba ligeiramente para R$ 5,00 no final de 2024.
